População de Barroso, no Campo das Vertentes, percebeu piora da qualidade do ar nos últimos dias. Empresa disse que situação foi contornada após manutenção.
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Moradores de Barroso, no Campo das Vertentes, relatam más condições do ar devido a uma poeira que tem saído das chaminés da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), instalada no município de pouco mais de 20 mil habitantes para construção de cimento.
Vídeos e relatos da população indicam que o problema teria se agravado nos últimos dias. Assista acima.
Em nota, a empresa confirmou a situação devido a “problemas na operação” e que ela teria sido contornada pelas equipes de manutenção.
“Moro no Centro e da minha casa observo a chaminé. A fábrica não tá em um local afastado da cidade e, com isso, toda a população sofre”, relata a moradora e estudante de medicina Moara Barbosa Miranda.
“É uma poeira sem fim, com cheiro tóxico. Não é uma poeira simples tipo essas de sítio. Não sabemos se tem alguma coisa tóxica”, diz ela que também afirma ter percebido cheiro forte de enxofre durante a madrugada.
“O cheiro tá sendo muito forte na madrugada. Acorda eu, meu pai, meu filho. Tenho asma e estou usando bombinha com corticoide”.
Conforme outro morador, que pediu para não ser identificado, a situação piorou na última semana, embora tenha acontecido com frequência. “Mensalmente tem um vazamento destes”, estima.
CSN diz que situação foi contornada
a assessoria de imprensa da CSN confirmou a poeira e disse que ela foi provocada por problemas na operação.
“A Cimentos Brasil informa que problemas na operação ocasionaram emissão de poeira na localidade. A situação foi contornada pelas suas equipes de manutenção”.
No posicionamento, a empresa também informou que “realiza investimentos constantes para a melhoria dos seus equipamentos e dos seus processos e reitera que orienta todas as suas atividades pelo respeito às leis, ao meio ambiente e às comunidades localizadas no entorno das suas unidades”.
A reportagem também demandou informações sobre o cheiro de enxofre e aguardava retorno até a publicação desta reportagem.
- Fonte: G1