Mulher morta a facadas já teve casa incendiada pelo companheiro em Juiz de Fora

Suspeito tem registro de agressão a outra companheira e contra a própria avó. Segundo informações da Sejusp, ele foi preso em duas oportunidades. Vítima foi sepultada na tarde desta segunda-feira (27), no Cemitério Municipal.

Patrícia Romano, de 48 anos, morta a facadas na tarde do domingo (26), na Rua Eloi Praxedes, no Grajaú, em Juiz de Fora, já havia sido vítima em crime anterior cometido pelo companheiro, de 36 anos.

Conforme o Registro de Eventos de Defesa Socia (Reds), em março do ano passado, na Rua Gerardo Marini, no mesmo bairro, o homem ateou fogo na residência em que morava com Patrícia. Na ocasião, os dois começaram uma briga e, durante a discussão, ele ainda teria dado vários socos na mulher.

O homem foi para um telhado com duas facas, resistindo à abordagem e ameaçando tirar a própria vida. Ele teria se cortado com a arma branca, sendo socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até o Hospital de Pronto Atendimento Dr. Mozart Teixeira (HPS), onde passaria por cirurgia.

Devido ao crime, o homem ficou preso durante seis meses na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires. No dia 6 de setembro, conforme informações confirmadas pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) ao g1, ele foi liberado por meio de alvará de soltura, concedido pela Justiça.

Histórico de ocorrências

Além desde caso, o suspeito possui ao menos 10 passagens policiais.

Em uma das ocorrências, na qual g1 e TV Integração tiveram acesso, uma mulher, à época com 43 anos, acusou ter sofrido agressões do então namorado, com quem se relacionava há três meses. O caso foi registrado pela Polícia Militar (PM) no dia 1º de dezembro de 2020 e indica que ele desferiu socos no rosto vítima, até deixa-la inconsciente. A mulher teria ainda ficado trancada do domingo, quando foi agredida, até a noite do dia seguinte.

Dias depois, ele teria procurado pela mulher e, ao ser abordado pela filha e pelo genro da vítima, que disseram saber do ocorrido, o homem começou a se autoagredir com um pedaço de ferro, dizendo que se mataria.

Ainda na polícia consta outro caso de agressão do homem, desta vez contra a própria avó, que teve a residência incendiada pelo neto no Bairro Alto Santa Rita, em novembro de 2019. Antes de colocar fogo na casa, ele a ameaçou com uma faca e a agrediu com socos. Ele foi preso, encaminhado ao Ceresp, por onde permaneceu até março do ano seguinte, mediante outro alvará de soltura.

Devido ao golpe de faca que o homem deu em si depois do feminicídio de domingo (26), ele foi socorrido e encaminhado ao HPS. Conforme informações da Secretaria de Saúde, o paciente encontrava-se estável, respirando sem a ajuda de aparelhos, e seguia em cuidados médicos na tarde desta segunda (27).

De acordo com resposta da Sejusp, ele ainda não teria dado entrada em nenhuma unidade prisional.

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