Vítima, de 86 anos, quebrou o fêmur e precisou levar pontos na cabeça
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A Polícia Civil do Estado de São Paulo indiciou Eric D’Ávila, de 42 anos, por lesão corporal, com agravante de a vitima ter mais de 60 anos, e omissão de socorro. No entanto, ele vai responder em liberdade, pois não se tratou de flagrante.
Em 18 de outubro, câmeras de segurança de uma padaria capturaram o momento em que D’Ávila derruba Maria Cândida Miranda de Toledo Piza, de 86 anos, no chão. Depois de empurrá-la com um golpe de ombro, ele segue andando naturalmente, e ainda olha para trás e ignora a vítima, que pedia por socorro.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) levou Maria Cândida a um pronto-socorro. Ela teve de passar por cirurgia, por ter quebrado o fêmur, e levar cinco pontos na cabeça.
Agressor alegou autodefesa
Intimado a depor, D’Ávila compareceu à delegacia na terça-feira 24, onde alegou que se sentiu ameaçado pela idosa. Ele acreditava que Maria Cândida iria agredi-lo com o guarda-chuva.
A delegada Ana Lúcia de Souza disse que o agressor não demonstrou arrependimento, além de demontrar extrema frieza. Ele era professor de música do Club Athletico Paulistano, que anunciou sua demissão, depois que o caso ganhou repercussão.
“Nessa semana, o Paulistano encerrou o contrato de prestação de serviços com seu professor de canto”, comunicou o clube pelo Instagram, na sexta-feira 27, sem mencionar nomes. “O processo foi concluído, e o profissional não tem mais qualquer relação com o Clube.”
A condenação de cada um
Se condenado, o ex-professor pode pegar até seis anos de prisão em regime fechado. Por sua vez, a vítima, de 86 anos, está condenada à difícil recuperação de uma fratura no fêmur e à debilitação do corpo ao longo desse processo; o que, não raro, pode até levar à morte.