Ângela Maria, um dos torcedores mais simbólicos do Tupi, morreu aos 78 anos em Juiz de Fora.

Velório acontece na Igreja da Glória e sepultamento será na terça-feira, por volta das 14h

Morreu, nesta segunda-feira (26), Angela Maria, nome pelo qual o icônico torcedor do Tupi, José de Paula, era conhecido. Ele faleceu em casa, após passar um período internado no Hospital São Vicente de Paulo. O torcedor lidava com complicações no joelho, início de Alzheimer e hidrocefalia. Angela fez história nos carnavais da cidade e, principalmente, nos estádios do Tupi, time com o qual tinha uma forte relação.

O velório acontece na Igreja da Glória a partir desta segunda-feira (26). O sepultamento será no Cemitério da Glória, na terça-feira (27), por volta das 14h. Em julho deste ano, amigos e familiares fizeram uma vaquinha on-line para arcar com os custos do tratamento de Angela Maria. A campanha intitulada “Angela Maria, a alegria de Juiz de Fora”, chegou a arrecadar 216,1% acima da meta prevista. Na época, uma sobrinha do torcedor afirmou à Tribuna que ele já vinha batalhando pela saúde há oito anos.

 

‘Alegre e bem humorado’

A descrição da sobrinha para Angela Maria era: “um grande torcedor do Tupi e uma pessoa de ótimo humor”. Angela recebeu o apelido ainda na juventude. “Há muito tempo um amigo meu disse que eu precisava de um nome de guerra. Por fazer parte das ‘coloretes’, ele sugeriu Angela Maria. Ela é mulata, eu sou preta, mas tudo bem. Eu e ela trabalhávamos em casa de família, e aceitei. Hoje todo mundo me conhece assim”, contou em entrevista ao jornalista Mauro Morais, para coluna “Outras Ideias” da Tribuna de Minas, em 2015.

Angela Maria desfilou em escolas de samba nas décadas de 1980 e 1990 e torcia pelo Partido Alto. Sobre a relação com o Tupi, não levava desaforo para casa. Na década de 1980, participou de uma briga histórica em um jogo no qual o Carijó enfrentava o Atlético-MG. O jogo terminou com vitória de 2 a 1 contra a equipe belo-horizontina, defendida por, entre outros, Éder Aleixo. Na entrevista de 2015, relembrou, com bom humor, a confusão.
“Ele escarrou na cara do torcedor. No fim da partida, peguei e falei: esse colega me paga. Pedi ao segurança para entrar, ele resistiu, e eu disse: ‘Você me conhece! Deixa!’ O Éder estava dando entrevista, e eu dei um chute no saco dele. Ele veio e me deu uma cabeçada. Ele foi para a delegacia, e eu, para o pronto socorro, toda linda”, recordou-se, às gargalhadas.

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